O ator Domingos Montagner, que estava no ar como o personagem Santo, emVelho Chico, morreu na tarde desta quinta-feira na cidade de Canindé de São Francisco, no Sergipe. Após mergulhar no Rio São Francisco, o artista desapareceu. O corpo foi encontrado no fim da tarde. Montagner foi até a região para gravar cenas da novela das 21h com parte da equipe.
Segundo comunicado da Rede Globo, após o término de uma parte da gravação, o ator almoçou e, em seguida, foi tomar um banho no rio. Depois de um mergulho, ele não voltou à superfície. A atriz Camila Pitanga, que estava no local e teria presenciado o ator ser puxado pela correnteza, avisou à produção, que iniciou imediatamente as buscas pelo ator. Mais de 50 profissionais da área de segurança e saúde participaram das buscas, logo após o motorista que conduzia os atores ter pedido socorro a uma viatura polícia militar.
Em abril, Domingos Montagner esteve em Porto Alegre para apresentar a peça de rua Rádio Variété, na Rua com Você e conversou com ZH sobre sua carreira. Apesar do sucesso em razão das novelas, o ator faz questão de manter suas raízes no teatro e, principalmente, na arte circense. Ao lado de Fernando Sampaio, formou, em 1997, o grupo La Mínima, que segue em atividade — ele também criou o circo Zanni, em 2003, e atua na função de diretor artístico.
— Continuo levando esses projetos (teatro e circo), pois são trabalhos autorais em que exerço meu ofício de uma forma mais ampla, atuando em todos os processos criativos. A TV e o cinema me exigem outro tipo de criação específica. Todos são importantes neste momento, são complementares — explicou Montagner à época.
Sua estreia na televisão ocorreu no seriado Mothern, do canal GNT, em 2008. Já na TV aberta, suas primeiras participações foram nas séries Força Tarefa, A cura e Divã. Em 2011, aos 49 anos, encarou seu primeiro papel de destaque no folhetim Cordel Encantado. No ano seguinte, consolidou a fama de galã com o personagem Zyah, de Salve Jorge, quando contracenou com Tânia Khalill e Cleo Pires — em 2012, também iniciou seu caminho no cinema com o longa Gonzaga — de pai pra filho. Outro papel marcante da carreira de Montagner foi na minissérie O brado retumbante, quando interpretou um presidente do Brasil. Já sua estreia como protagonista em novelas foi na pele do ambientalista Miguel, na trama de Sete Vidas (2015).
Neste ano, o artista participou dos filmes Vidas partidas e Um namorado para minha mulher, que está em cartaz nos cinemas. Atualmente, está no elenco do folhetim das 21h, Velho Chico.
— Penso mais no meu compromisso com o personagem, independentemente do protagonismo. Mas é uma grande responsabilidade. Está sendo maravilhoso, um aprendizado — contou o ator.
Após a novela, Montagner começaria um novo projeto no teatro com o La Mínima: a adaptação da ópera Pagliacci, de Ruggero Leoncavallo. Ainda neste ano, o ator será visto no filme Através da Sombra, de Walter Lima Jr., com direção de Marcos Schechtman, previsto para novembro.
Junto da esposa, Luciana Lima, teve três filhos: Leo, Antonio e Dante. Antes de se entregar à vida artística, Montagner foi professor de educação física em escolas de São Paulo, cidade onde nasceu.
MENTA: Um grande ator, que infelizmente nos abandonou hoje. descanse em paz!
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